O Circo Dallas surgiu em 1977. Seu fundador é Luiz Milton Lago, o Palhaço Chupeta. Nascido em 1943, em Catu, interior da Bahia, aos 14 anos Luís já trabalhava como locutor de touradas, mas só aos 16 anos, trocou as touradas pelo Circo Pinga Fogo, onde, além de apresentar e fazer os números cômicos, começou a participar de peças teatrais na segunda parte do espetáculo do circo. Dez anos depois conheceu sua atual esposa, Cida, filha do dono do Circo Irajá, casaram-se e em 1977 compraram uma lona de circo e montaram o Circo Dallas – de início, como o nome de Circo Hawaí.
Durante os 34 anos de trabalho realizado, o Circo Dallas já se apresentou por diversas cidades do interior da Bahia e de outros estados do Nordeste. Entre as apresentações realizadas destacam-se:
– Primeira turnê em 1977 com o Circo Dallas, na cidade de Endiaroba-SE, onde deságua o Rio Real, e faz fronteira com a Bahia. Seguindo para Cristihapolis, ainda e Sergipe. Descendo para a Bahia e apresentando-se nas cidades de Rio Real, Jandaira, Esplanada, Entre Rios, Araçás, Pojuca, Mata de São João, Dias D’ávila, Camaçari, Simões Filho, Passagem dos Teixieras, Candeias, Madre de Deus, São Sebastião do Passé, Catú, Sítio Novo, Alagoinhas;
– Em 1978 continua pelo interior da Bahia e apresenta-se em Acajutiba, Crisópolis, Nova Soure, Calda de Cipó, Pombal, Cícero Dantas, Duas Serras, Antas, Novo Triunfo, Jeremuaba, Santa Brígida, Paulo Afonso, e viaja até Delmiro Gouveia, em Maceió;
– Em 1979, o Circo Dallas já não pensa mais em pará, levar a arte do circo para todos os territórios, por menor que seja, era sua missão, e eles viajam por Jacaré do Homem, Santa do Ipanema, Palmeira dos Índios, Arapiraca, São Braz, em Sergipe fazem os distritos de Brejão dos Negros, Capela, Nossa Senhora das Dores, Porto das Folhas, em Alagoas faz Olhos D’águas, Igacy. Viaja até Pernambuco e apresenta-se em Brejão, Santa Terezinha, Corrente, Pimenta, São João de Angelim, Garanhuns;
– Entra a década de 1980, ainda em Pernambuco, viajando por Bom Conselho, Arcoverde, Pesqueiros, Tacaratu, Itaparica, Petrolândia, Cabrobo, Durmente, Petrolina. Retorna a Bahia fazendo Juazeiro, Caraíbas, Juremal, Jaguarari, Santa Rosa, Pilar, Canudos, Euclides da Cunha;
– Em 1981 continua na região apresentando-se em Tucano, Jorro, Pombal, Cipó, Olindina, Itapicuru, Salgado, Estância, entre tantas outras cidades;
– Em 1982 faz toda a Região da Linha Verde, antes da reforma da estrada que leva a Sergipe, apresentando-se nas cidades de Palame, Baixios, Esplanada, Entre Rios, Subauma, Porto Sauípe, Praia do Forte, Barra de Pojuca, Monte Gordo, Jacuipe, Arembepe, Camaçari, Dias D’ávila, entre tantas outras;
– Nos anos seguintes o Circo Dallas continua apresentando-se por diversas cidades da Bahia e Nordeste.
– Em 1986 o Circo Dallas faz turnê por cidades do Piauí e Maranhão. No final do ano, participa do 1º Encontro de Artistas de Circo da Bahia;
– Em 1992, apresenta espetáculos no interior da Bahia, dentro do movimento de mobilização Receba o Circo de Braços Abertos;
– Nos últimos anos o Circo Dallas continuou apresentando seus espetáculos pelo interior da Bahia e Sergipe. As apresentações acontecem em paralelo com a busca do circo de conseguir novas parcerias para manter viva sua arte;
– Espetáculo dentro do Projeto Reviver o Circo, em 2002, patrocinado pela Funarte;
– Participação nas reuniões de criação da Cooperativa de Circenses da Bahia, em 2006/2007;
– Participação, em 2007, do 2º Encontro de Artistas de Circo da Bahia;
– Participação, em 2008, do 3º Encontro de Artistas de Circo da Bahia;
– Realização, em 2008, dos espetáculos “CIRCO DALLAS – Revivendo o Circo-Teatro”, ganhador do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo;
– Realização, em 2011 e 2012, dos espetáculos “CIRCO DALLAS – O maior espetáculo da terra”, ganhador do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2010;
– Realização, em 2012, do projeto “Na Trilha Circense no Circo Dallas”, ganhador do Prêmio Procultura 2010;
– Realização, em 2013/2014, do projeto “Circo Dallas no Ar”, ganhador do Edital de Circo do Fundo de Cultura da Bahia; participação no projeto “Grande Amostra do Cinema no Circo”, realizado pelo Cineclube Roberto Pires e Cinefórum, através do Edital de Audiovisual do Fundo de Cultura da Bahia; e realização do projeto “Cultura em Movimento” da Prefeitura Municipal de Camaçari;
– Em 2013, foi lançado o livro “Palhaço Chupeta – Histórias e Causos sob a Lona do Circo Dallas”, do jornalista Aléxis Góis, através do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo.
– Apresentação, em 2014, do projeto “Chaplin no Sertão”, ganhador do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo;
– Realização, em 2015 do projeto “Mistura de Culturas”, ganhador do Edital de Territórios de Identidade do Fundo de Cultura da Bahia;
– Ganhador do projeto “Circo Velho Lona Nova” – Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2016, na categoria de Aquisição de Lona;
– Ganhador do projeto “Passeio Aéreo” – Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo 2016, na categoria de Confecção de Aparelhos Circenses;
– Realizou em 2017, o 1º Encontro de Cultura Itinerante – Edital de Projetos Estratégicos em Cultura 2016, da Secretaria de Cultura da Bahia.
– Em 2018, circulou por diversos estados do Nordeste, como Sergipe, Pernambuco e Alagoas;
– Em 2019, circulou por diversas cidade do interior da Bahia;
– Em 2020, foi contemplado pelo Edital Setorial de Circo, com o projeto “AVANTE CIRCO DALLAS!!!”, que prevê a circulação do circo itinerante por 9 cidades do Território de Identidade do Piemonte Norte do Itapicuru.
(Fonte: Tiago TAO)