Foi desenvolvendo técnicas e aparelhos, como a bicicleta que desmonta e o monociclo alto, bem como foi aprendendo as manhas do fazer artístico.Depois, começou a trabalhar em circos, por uns dois anos, até que a marca de bicicleta Monark convidou Pé de Ferro para que ele trabalhasse para ela, representando-a. O trabalho era bem cansativo, muito sozinho, cada hora em um canto. Pé de Ferro cansou, voltou a trabalhar um pouco de marreteiro e fazia shows em usinas e salões pelo nordeste. Logo montou o seu primeiro circo próprio, que de início, era um pano de roda, sem cobertura. Mas depois de um tempo, conseguiu a estrutura de lona. Oscilou ainda, entre ter o seu próprio circo e trabalhar para o circo de outras pessoas. Pé de Ferro também foi professor do Escola Picolino, assim como Pinguim, Zé Maria, Dona Neide e Tarzan, por muitos anos, também sendo responsável pela fabricação de aparelhos.
Ao longo da sua trajetória, Pé de Ferro foi se desenvolvendo também como músico, especializando-se no cavaquinho e na manola – também conhecido como violão tenor. Juntava a sua habilidade de ciclista acrobático com o seu talento musical, tocando equilibrado no monociclo. Um momento marcante dessa junção, foi no carnaval de Salvador – acredita que por volta de 72 – no qual ele descia e subia, do Campo Grande à Praça da Sé, tocando manola no monociclo alto. Em seu circo próprio, Pé de Ferro compunha o “conjunto musical”do circo, sempre com um baterista. Em 2015, quando essa entrevista foi feita, o Circo de Pé de Ferro estava como Circo-bar, em Camaçari, sem apresentações artísticas. Pé de Ferro estava morando num trailer, em terreno próprio, acometido por glaucoma. Atualmente, ao que se tem notícia, mora com uma de suas filhas em Salvador.